Praça Sete Sitiada – Parte II – “O artista subjugado”
10 de agosto 2011.
Na véspera da Audiência Pública que denunciaria a atual politica repressiva de caráter criminal contra os artesãos nômades, fiscais da prefeitura iniciam conflito agredindo homens e mulheres com o apoio da policia militar.
Violência, covardia. Resquícios da ditadura.
Isso você não vai ver na TV.
Acompanhe esta série que irá culminar na Audiência.
Me sensibilizei demais com esse vídeo. É uma realidade colocada à margem. A arte como subterfúgio se torna criminosa. Nossa democracia ainda é criança, ou mesmo embrionária, se depara com essas práticas políticas de limpeza. Isso existe desde Hitler (talvez antes, não quero pensar nisso). Quero pensar que somos capazes de mudar isso.
A feira mais famosa de Belo Horizonte, ironicamente, se chama Feira Hippie. Porque um dia ela foi criada por eles. Hoje é um polo comercial e o que são os Hippies pra eles? Fico pensando que tipo de mentalidade essa mídia estúpida cria nas nossas cabeças.
Até quando?
Cara, voce mandou muito bem com esse trabalho. Falo do ES, se precisar de qualquer tipo de apoio, me inclua nessa. Um abraco!
Postado no blog do Movimento Anarquista Libertário – BH
http://anarquismo-mal.blogspot.com/
Publicamos e linkamos este blog no blog do Movimento Anarquista Libertário de Belo Horizonte!
http://anarquismo-mal.blogspot.com/
Todo apoio aos artesãos!
Resistir é preciso!
Camarada, grato demais pelo apoio.
A “malucada” é irmã do movimento, estamos na mesma luta!
Força!
Gabriel, seu comentário é muito coerente, principalmente a parte da feira hippie, que carece de recuperar sua alma.
Agradeço demais o apoio nesta luta, por enquanto, a melhor ajuda é divulgar, porque na tv isso não vai passar.
Abraços.
Eu gostaria de saber se os artesãos já propuseram qualquer medida judicial para tentar combater os atos da Administração do Município de BH. Alguém poderia me informar isso?
E ai camarada…Como você pode perceber este trabalho é meio “na tora”, existe o ideal e o que agente dá conta de fazer. Por isso muita coisa demora, vai num processo mais lento…Sobre sua pergunta, a 3 meses conseguimos um acesso a um órgão federal que nos dá apoio jurídico. É o Centro Nacional de Defesa dos Direitos Humanos da População em Situação de Rua e Catadores de Materiais Recicláveis.
Eles tem feito um trabalho muito bom e graças a isso conseguimos tecer a realização da Audiência Pública, que aconteceu agora no dia 11 de agosto.
Na parte judicial, até agora enviamos um Mandado de Segurança que visa coibir ato de coação e abuso de autoridade. O pedido é para parar a atuação das fiscalização e PM como estão fazendo. Agora estamos preparando um outro processo que visa garantir e defender o patrimônio artístico e cultural dos artesãos e que são os artesãos. Então estamos pensando em uma Ação Civíl Pública (ACP).
Mas como se trata de um grupo social extremamente estigmatizado, é sempre um trabalho mais duro do que o normal. Na minha ideia, tanto a fiscalização, quanto a policia, tem de ser criminalizadas por estas ações. Estamos nesse caminho e toda ajuda é bem vinda.
Abraços…
Grato pela resposta.
Abraços e meus votos de solidariedade.
A cada manhã aprendo que bom dia é pra mim, é pra poucos
Mas os outros tantos que moram nas ruas?
Os outros tantos que passam fome?
Os outros tantos jogados no crime?
É um bom dia a cada manhã que tenho que dar?
Ou a cada amanhecer criar coragem pra lutar contra essa miséria?
Rafael. Belíssimo trabalho. Tenho tantas coisas pra dizer e ao mesmo tempo sinto-me atônita. A iniciativa do trabalho é espetacular. Divulgarei como e onde puder. Sou de Guarulhos SP. Essas cenas são especificamente de BH, mas com certeza o Brasil todo vive situações como essa. De descaso e mal encaminhamento das ações públicas. Parabéns pelo trabalho. Força e coragem no prosseguimento. Conte comigo! Um grande abraço.
Grato pela força irmã, siga acompanhando, muita coisa ainda virá a tona…
Abraços…
Não sei até que ponto ajuda, mas mandei uma mensagem de indignação ao Ministério Público para tentar coibir esses abusos que a polícia e os fiscais estão cometendo. Espero que isso ajude. Vou compartilhando o material
Léo, ajuda muito, toda ação nesta causa é importante. Os artesãos não tem instrumentos suficientemente eficazes para combater toda esta violência, contamos com a população que decide se empoderar da sociedade que pretende construir.
Grato de mais por se posicionar e agir.
Abraços!
Não pode vender as paradas na rua. Código de postura, o mesmo q baniu os camelôs… Simples assim.
Camarada, as coisas não são tão simples assim. Porém, se numa situação hipotética e surreal, eu passasse a considerar que camelôs e “hippies” são a mesma coisa, ainda assim, como um verdadeiro legalista, eu estaria mais preocupado com o tipo de violações que eles vem sofrendo por sua opção ideológica. Acompanhe esta postagem e talvez você entenda melhor a diferença “legal” que existe entre ambos: https://belezadamargem.wordpress.com/2011/08/18/385/
Rafael,
Como estudante de comunicação fico surpreendido com a qualidade e o gral de realismo de seu documentário, quero aqui deixar explícito mais que o meu apoio, mas um pouco de minha história e uma sugestão
Minha mãe foi uma “hippie”, até hoje me lembro de seu ateliê, em nossa casa no bairro floresta, o cheiro de incenso e ela costurando, “fazendo os trampos” em meio aos quadros que pintava para a faculdade de belas artes (ela se formou na Guignard). Ela também era música, dançarina e atris, tendo assim ocupado uma cadeira em cada parte da arte.
Sei o valor que a arte a arte e a cultura possuem, por isto mesmo estou totalmente disposto a ajudar em qualquer forma um movimento de combate a resistência a este absurdo.
Possuo algumas idéias para uma tentativa de mudança desta situação, me contate se possível, elias.caetano@hotmail.com
Rafael, já te parabenizei lá no Vimeo e repito aqui. pertinente e muito bem realizado seu trabalho. partilhei ele no facebook e twitter. força e avante!
Muito triste ver essa situação acontecendo em Bh! É um desrespeito ao ser humano….
Parabéns pelo trabalho, precisamos expressar nossa indignação!